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Este artigo é uma reflexão sobre o papel idiossincrático que Minas Gerais ocupa na política brasileira, especialmente o peso quantitativo e simbólico que os resultados eleitorais neste estado têm sobre o que ocorre no cenário nacional; deste modo, se debruça sobre razões históricas e sociais que forjaram esta representação. O texto deriva do debate entre três pesquisadores sobre mitos e eventos que formaram a noção de ‘mineiridade’, que se estendeu ao fazer político e como passou a ser compreendido como acordos, arranjos e mediações que se expressam em um fazer político mais ao centro, menos polarizado e mais propenso a concertações históricas. Nesse contexto, Tancredo Neves surge como ícone deste ‘caminho do meio’, como vereda para o desenvolvimento de um projeto nacional mais integrado. Mobilizando essa imagem de Minas, os autores discutem a polarização política atual e sua conexão com as mídias sociais, a crise contemporânea das democracias no Ocidente e seus impactos no Brasil.