Este artigo é para contribuir com a análise do local de implementação do Programa Bolsa Família. Além dos objetivos declarados, no ensaio de compreensão, os comentários sobre os arbitrários, os preconceitos e as estigmatizações são construídos na relação entre os agentes públicos e os beneficiários que no contexto da interação dos beneficiários com sua voz. A base metodológica repousa sobre 70 entretiens que foram canalizados com três grandes grupos: as famílias beneficiárias (mulheres responsáveis legais, conjuntas/companheiras e adolescentes), os atores institucionais (agentes sociais, agentes de saúde, enseignants, coordenador da Bolsa Família e pessoal do departamento de inscrição) e os voisins (não beneficiários do Bolsa Família que podem servir para a mesma situação socioeconômica). A pesquisa foi realizada em uma periferia da região metropolitana do Rio de Janeiro. No seu parque há mais lugares frequentes para os beneficiários, como escolas, postos de saúde, coordenação do Bolsa Família e setor de inscrição, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e restaurante popular.