É objetivo dessa dissertação analisar como ao longo dos últimos anos, a questão da institucionalização das políticas públicas voltadas para a questão da "violência conjugal vem sofrendo modificações, enfatizando a última delas, a Lei 11.340/06 - Lei "Maria da Penha". A partir das histórias das DEAMs e dos JECRIMs, mostraremos como a questão da "violência conjugal" ganha novas formas de interpretações e significados diante de feministas e operadores jurídicos, e que determinados pontos, como os direitos humanos, acabam sendo interpretados e ressignificados de maneiras distintas e conflituosas entre feministas e operadores jurídicos, no que tange o tratamento jurídico conferido à "violência conjugal". Através da análise dos debates feministas e dos operadores jurídicos sobre essa questão, mostraremos a Lei 11.340/06, acabou transformando a questão sobre "violência conjugal" em uma disputa política, capaz de mobilizar ONGs, Poder Executivo e Poder Judiciário.