Esta dissertação apresenta uma perspectiva sobre monumentos arquitetônicos que permite que sejam concebidos como um interessante objeto de investigação antropológica. Tomando como campo de observação um edifício público localizado no centro do Rio de Janeiro que é apreciado como um monumento da arquitetura moderna - o Palácio Gustavo Capanema -, esta etnografia procura descrever as complexas interações que dia após dia constituem e são constituídas por essa forma construída. Conforme deverá ser elucidado, longe de ser nada mais que um ponto departida contraditório e mesmo inadequado para abordar monumentos, sua dimensão cotidiana - as atividades rotineiras de manutenção e administração - podem revelar sentidos profundos subjazendo ao uso desta categoria.