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No presente trabalho, analisamos as formas pelas quais homens que se encontravam presos no periodo da pesquisa relatam a sua própria trajetória devida e o seu envolvimento com o crime. Partimos do pressuposto - a ser verificado empiricamente - de que esses relatos podem ser compreendidos com base no conceito de "sujeição criminal", ou seja, o processo de construção social do agente de práticas criminais como "sujeição criminoso". Visando a definição do objeto da análise - os relatos sobre a experiência da sujeição criminal construídos pelos agentes - utilizamos como referência a etnometodologia. O levantamento de dados foi feito por meio de entrevistas em profundidade, orientadas por um roteiro semi-estruturado. Foram realizadas cinqüenta e cinco entrevistas em três estabelecimentos penais da Região Metropolitana de Belo Horizonte - MG. Orientados pelo conceito de "sujeição criminal", procuramos, em primeiro lugar, verificar se e de que maneira os entrevistados associam a infância, as condições sócio-econômicas, a influência dos outros e o local de moradia com o envolvimento com atividades criminosas. Em segundo lugar, procuramos verificar como são abordadas as questões relacionadas aos custos e benefícios inerentes à prática de crimes. Finalmente procuramos verificar como os entrevistados abordam a dimensão moral da atividade criminosa e como avaliam a pena que lhes foi imposta. A principal conclusão é que os entrevistados, de um modo geral, constroem seus relatos partindo da premissa de que são "sujeitos criminosos", no entanto, assumem diferentes posicionamentos em relação ao processo de sujeição: a aceitação, a amenização e a neutralização.

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