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Esta tese analisa as atividades interativas que mediam experiências entre a cidade de Ipatinga e a empresa Usiminas, tendo como foco o período compreendido entre o final da década de 1980 e o início de 1990. No contexto da estruturação do objeto de investigação, dois episódios são relevantes para a conjuntura analisada: em 1988, a conquista da Prefeitura pelos trabalhadores, oriundos da oposição sindical e apoiados pelos movimentos sociais locais, promove mudanças no perfil da gestão pública; e, em 1991, a privatização da empresa que gera mudanças nas suas políticas e práticas administrativas. O pressuposto é que as políticas de gestão pública e de gestão empresarial interagem no processo em que ocorre a transformação de uma cidade da empresa em uma cidade autônoma, propiciando deslocamentos de lugares de poder capazes de promover e valorizar o exercício da cidadania, parte integrante de uma cidade autônoma. Nesse sentido, os discursos de gestores da empresa e da cidade foram matéria-prima para a interpretação de suas próprias justificativas sobre as escolhas estratégicas e políticas que mediavam as relações entre cidade e empresa. A pesquisa qualitativa centrou-se em entrevistas, com gestores públicos da empresa, lideranças políticas e sindicais, orientadas segundo técnicas de história oral, em sua vertente temática. A análise mostra como se constituíram processos da regulação social, por meio fóruns de acomodação de interesses, configurando soluções pertinentes às distintas lógicas de interação identificadas como: lógica da cidade-empresa ou da cidade da empresa; lógica da empresa da cidade e lógica da empresa sem cidade.

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