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Este é um estudo sobre a peregrinação a Santiago de Compostela que como um mito, desde o século IX, vem sendo continuamente "reiventado". O Caminho, como normalmente é designada a rota de peregrinação, ganha visibilidade no Brasil a partir dos anos 90, quando um determinado segmento de classe média passa a almejar a experiência de percorrer a pé aquela rota milenar, por cerca de trinta dias. Os relatos de experiências particulares e singulares atualizam e alimentam o mito. Nesta experiência ritual, a ênfase na legitimidade das buscas e emoções individuais torna-se o alicerce para a construção de uma expressão coletiva de valores e pertencimentos, sempre condicionados por fatores políticos, econômicos e sociais. A peregrinação a Santiago é entendida como um momento especial de construção simbólica de princípios e de valores geradores de identidades sociais. Neste sentido, busca-se compreender como os peregrinos brasileiros interpretam o universo que denominam de caminho: que valores lhe conferem e que emoções lhe infundem. Ao longo do percurso, os peregrinos realizam uma performance temporal e espacial de algumas concepções fundamentais presentes na cultura católica brasileira. A partir da experiência vivida no Caminho se institui socialmente mais uma leitura contemporânea da catolicismo e da experiência cristã em tempos conhecidos como de "Nova Era".

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