Este estudo pretende documentar e analisar a recente introdução de Leis de reserva de vagas para candidatos egressos de escolas públicas e cotas para "negros e pardos", nas universidades estaduais fluminenses. A tese analisa a repercussão de tais medidas para professores, reitores, funcionários, estudantes e demais envolvidos diretos e/ou indiretamente em uma das universidades, para a qual as Leis foram aprovadas, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Depois de relatar os eventos que precederam o primeiro vestibular com a Leis de reserva de vagas e cotas, a tese prossegue com uma análise do número de alunos "negros ou pardos" que entraram na universidade ou pela sererva de vagas para egressos de escolas públicas ou pelas cotas para "negros e pardos". Em seguida examina a reação pública à tais Leis, incluindo processos jurídicos e debates sobre a constitucionalidade das novas Leis, que em parte levaram a UERJ a propor, com êxito, a mudança da legislação reduzindo o número de vagas para negros e para egressos de escolas públicas. Para finalizar, a tese busca apontar, em certa medida, qual o significado da doção da legislação sobre "cotas para negros", nas universidades, para as relações raciais na sociedade brasileira como um todo, nos dias atuais.