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Essa dissertação apresenta uma comparação entre as exposições permanentes do Museu do Folclore Edison Carneiro (MFEC/CNFCP/IPHAN) inauguradas em 1980 e 1984, e busca desenvolver uma reflexão sobre museus e exposições como produtores e legitimadores de discursos sobre o patrimônio e o folclore. A primeira exposição encontra-se mais ligada a paradigma conceitual relacionado aos estudos do folclore e seguido nos tempos áureos da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro. Também indica, contudo, novos caminhos na apreensão das culturas populares. A segunda exposição encontra-se mais marcada pela perspectiva antropológica e pela compreensão do homem através de sua cultura e sociedade, revelando o movimento de renovação conceitual que acompanhou o desenvolvimento de seu projeto museográfico. Nesta etnográfica de cultura. Através da análise dessas exposições buscamos entender as diferentes formas de apropriação e re-significação dos objetos, e a maneira como os paradigmas teóricos presentes nesses diferentes momentos institucionais revelam distintas concepções de patrimônio e folclore. Nosso campo etnográfico foi constituído pela memória produzida pelas exposições através de publicações e entrevistas com atores desses processos. Buscamos entender as práticas patrimoniais presentes na produção dessas exposições a partir de suas particularidades e categorias internas, reconhecendo tanto os estudos de folclore quanto a antropologia como campos de conhecimento legítimos.

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