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Desde o início dos anos 1990, a terceirização assumiu um protagonismo no processo de reestruturação do sistema bancário brasileiro. A organização do trabalho nos bancos, no período pós-reestruturação, caracteriza-se basicamente pelo uso intensivo das novas tecnologias da informação e pela terceirização de praticamente todas as etapas do processo de trabalho não envolvidas diretamente com a área comercial. As características e competências exigidas do trabalhador bancário foram radicalmente alteradas, tornando-se gradativamente menos administrativas até assumirem um caráter essencialmente comercial. As consequências mais visíveis dessa reestruturação foram a intensificação e a precarização do trabalho, para aqueles que prestam serviços terceirizados para os bancos, como seus trabalhadores diretos, que passaram a viver uma realidade laboral marcada por um controle gerencial maior de suas atividades, por longas jornadas de trabalho e metas de produtividade como condição para se manterem nos empregos. A proposta desta tese é tratar a terceirização a partir da ação sindical (especialmente bancária) diante desse fenômeno que há mais de duas décadas desafia suas práticas, na medida em que isola os trabalhadores de suas bases de representação e, consequentemente, enfraquece seu poder de luta e resistência. Pretende-se, portanto, analisar como as entidades representativas dos trabalhadores bancários se organizam e se articulam para enfrentar o avanço da terceirização, e encontrar meios de minimizar suas consequências negativas para a categoria e para o próprio sindicalismo. Esse processo, no entanto, não ocorre sem que inúmeras dificuldades se apresentem, sejam externas ou internas ao movimento sindical, o que gera conflitos e contradições.

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