Este trabalho examina o projeto da Universidade do Distrito Federal (UDF) criada no Rio de Janeiro em 1935 a partir da análise dos documentos do seu arquivo e de entrevistas com ex-alunos. Os ideais do projeto são tratados em relação às práticas acadêmicas que instituiu e ao contexto sócio-cultural da década de 30. O rompimento com a tradição bacharelesca e autodidata da formação intelectual brasileira era um dos ideais mais caros do projeto, de forma que seu sistema de ensino se estruturou bem integrado à pesquisa e à formação de professores. Verifica-se que a UDF nasceu articulada à vida pública e cultural da cidade e ao seu sistema de ensino básico, pois, além de almejar a modernização geral do país, esta Universidade desejava atender objetivos bem particulares, locais, resultantes da preocupação com os problemas urbanos do Rio de Janeiro. Essa instituição, pioneira em diversos cursos, foi extinta em 1939, depois de haver diplomado 127 alunos.