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O trabalho analisa diversas modalidades de atuação dos evangélicos no espaço público e em diferentes dimensões da sociedade civil brasileira evidenciando a intensificação da estruturação de um conjunto de práticas, valores, crenças e estratégias em torno da “ação social” no campo protestante surgidas, ou retomadas, a partir da década de 1980 no Brasil. Sem perder o vínculo com formas tradicionais de filantropia religiosa associada à ideia de “assistência”, o campo evangélico constitui e dá visibilidade e novas concepções e práticas sociais, surgidas na esteira da redemocratização do pais e dos chamados “movimentos cívicos”. Com o objetivo de compreender este processo do ponto de vista da antropologia, quatro situações empíricas - quase todas com pouca visibilidade no senso comum, na mídia e mesmo na academia - são tomados como lugares de investigação. Ao saber: a emergência, em 2003, de uma rede de instituições evangélicas que desenvolvem algum tipo de “ação social”, a Rede Nacional Evangélica de Ação Social; a organização não governamental evangélica Visão Mundial, entidade internacional que distribui recursos para projetos sociais no Brasil desde 1975; um conjunto de projetos sociais de igrejas e organizações evangélicas no campo da infância e adolescência chamada “em situação de risco social”; e o engajamento das igrejas e comercio de armas, em 2005. Em seu conjunto, neste processo evidencia-se a construção e disseminação de um novo ideário missiológico, a “Teologia da Missão Integral”, que em diálogo tanto com o movimento ecumênico quanto com o pentecostalismo, aponta para significativas mudanças no seio do protestantismo e na redefinição do seu papel na sociedade brasileira.

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