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A visibilidade social é componente fundamental para o pleno exercício da cidadania e as estatísticas oficiais compõem uma ferramenta inestimável na construção dessa visibilidade. Nesse contexto, a comunidade LGBT é uma das mais vulneráveis, na medida em que, na metodologia demográfica ora utilizada pelos órgãos oficiais de estatísticas, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas LGBT só têm a tão necessária visibilidade quando formam núcleos familiares análogos aos tradicionais, por meio do casamento e da coabitação. Esse fenômeno, observado primeiramente na Contagem da População (2007) e mais tarde no Censo Demográfico (2010), se consolidou em 2013, com a regulamentação do casamento civil entre cônjuges do mesmo sexo. A partir das Estatísticas do Registo Civil, publicadas entre 2014 e 2018, a pesquisa se expande, cruzando dados e tendências com outras pesquisas do próprio IBGE e de outros institutos de pesquisas, além de apresentar seu próprio survey, com a participação de quase 500 casais que registraram casamento civil no período. O cruzamento de informações torna possível traçar um perfil socioeconômico do casal do mesmo sexo no Brasil, incluindo categorias como cor ou raça, idade média ao casar-se, estado civil anterior, escolaridade, vínculo profissional, classe de rendimentos e religiosidade. Por fim, a pesquisa apresenta uma comparação de dados oficiais sobre o casamento entre cônjuges do mesmo sexo do Brasil e da Argentina, com ênfase nas maiores cidades de cada país, São Paulo e Buenos Aires.

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