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Experimentando sistematicamente alterações em diversas esferas, a vida dos Noke Koï na atualidade é resultado de uma série de mudanças que atingiram as populações indígenas como um todo. Desde cerca de 120 anos de contato com sociedade nacional, os Noke Koï vêm estabelecendo com o Estado, e sua variantes não-indígenas, relações duradouras. Esta tese busca apresentar por meio de algumas notas etnográficas alguns dos efeitos dessa relação, sobretudo no que que toca ao mecanismo estratégico e tradicional desse grupo de se transformar nas relações, mantendo-se apesar da estrada, das políticas indigenistas e do avanço não-indígena sobre seus territórios - uma prática política de contra virar branco. A etnografia mostra que essa resiliência não óbvia, contudo, os efeitos implacáveis das práticas coloniais, nem tampouco significa uma reação adaptativa ao contato com a sociedade nacional. Mais do que dar continuidade a uma tradição estanque ou meramente a sua existência física, os noke koï tem conseguido incorporar a ordem resultante do contato em seu próprio mundo, através de processos de transformação que, antes de serem novas estratégias, são o modo próprio de se reproduzirem a si mesmos e o seu modo.

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