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A tese analisa a estratificação horizontal do ensino superior brasileiro em um período de expansão recente (2009 – 2017). Busca-se responder qual foi o impacto da expansão sobre o perfil social dos concluintes de engenharia, direito e medicina – áreas que, historicamente, ocuparam um espaço privilegiado no sistema de ensino. Através de dados do Censo da Educação Superior e do Exame Nacional de Desempenho do Estudante, a pesquisa faz uma descrição do processo de expansão dessas áreas e analisa os padrões de desigualdade entre elas de acordo com raça, gênero e escolaridade dos pais. Resultados obtidos através de modelos multinomiais e de regressão logística indicaram uma diminuição das desigualdades entre essas áreas, mas com particularidades importantes entre elas e entre os tipos institucionais. O trabalho atualiza pesquisas sobre a estratificação entre esses cursos e avança na análise das desigualdades internas às especialidades da engenharia. A análise nesse nível de detalhe reforçou as hipóteses de que a estratificação horizontal pode ser um mecanismo importante de manutenção das hierarquias, mesmo em períodos de expansão dos sistemas de ensino e de inclusão de novos grupos sociais. O trabalho contribui para o campo de pesquisa por tratar de um espaço pouco explorado do ensino superior brasileiro e por articular a abordagem da estratificação horizontal com a literatura sobre os grupos profissionais.

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