General Info
Concebidos como lugares de memória, os museus foram freqüentemente pensados como instituições que cristalizavam o passado, tirando os objetos da experiência cotidiana e de seu contexto. Nesse aspecto, eles foram correntemente o alvo da crítica das vanguardas sendo apresentados como mausoléus da modernidade. Entretanto, os Museus de Arte Moderna foram fundados como instituições que miravam o moderno e buscavam preservar o presente, eles eram instituições únicas que guardavam a memória do futuro. Esta tese procura entender a fundação do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e os modos pelos quais a instituição construiu uma imagem para ser vista no mundo. De um lado, tenta-se analisar a instituição do ponto de vista de seus fundadores, buscando entender como diferentes auto-imagens foram capazes de criar diferentes conceitos de modernidade. Para tanto, analisa-se principalmente a atuação de Niomar Muniz Sodré e Raymundo Ottoni de Castro Maya, buscando entender o modo como conceberam e formaram o museu. De outro lado, procura-se compreender como o museu foi capaz de se construir como instituição única, empreendendo ainda uma análise comparativa com Museu de Arte de Nova York.