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O início de carreira de Maurício de Sousa no mercado de histórias em quadrinho brasileiro revela importantes conexões entre os projetos ideológicos e os projetos estéticos de sua época, em torno dos quais gravitava a antinomia brasilidade versus universalidade. O significativo sucesso comercial da sua revista em quadrinhos Mônica já no início dos anos 1970, expressa mais curiosamente no acolhimento da figura de Maurício de Sousa como o arquétipo do self made man por parte do imaginário nacional, tem na origem da sua criação a chave para o entendimento de como e, mais ainda, porquê, a trajetória de sucesso desse quadrinista é tão relevante. O estudo das relações de Maurício de Sousa com a nascente comunidade quadrinística paulista, assim como da evolução nas suas práticas de produção artísticas, serve, nesse sentido, como base para uma investigação sociológica do afazer do sucesso, que, no caso desse quadrinista, põe para dialogar importantes questões concernentes à relação entre arte e política e, ainda, entre arte e mercado.

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