Neste artigo, analisamos dois filmes populares, um brasileiro e outro norte-americano. Especificamente, examinamos e comparamos Dona Flor e seus Dois Maridos (Brasil, 1976), de Bruno Barreto, e E o Vento Levou (EUA, 1939), de Victor Fleming. Ambos os filmes têm como enredo central um triângulo amoroso no qual uma mulher, Flor e Scarlett, respectivamente, se vê dividida entre dois interesses românticos muito diferentes. No entanto, a decisão de Flor de se comprometer com dois homens contrasta com o fim solitário de Scarlett. Demonstramos que os filmes expressam maneiras distintas de conciliar valores associados à 'tradição' e à 'modernidade' por meio dos relacionamentos amorosos das heroínas e, sobretudo, de seus finais opostos.