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Se outrora a Academia chegou a ser rejeitada por atores sociais relacionados à constituição do modernismo, após o advento da arte contemporânea, a universidade tem sido um espaço importante aos processos de legitimação de artistas e demais profissionais da arte. Em pesquisa anterior, pode-se constatar que artistas visuais que têm logrado ser selecionados(as/es) em editais voltados a jovens artistas, em geral, possuem um alto grau de escolaridade. Ademais, é nas últimas décadas que, no Brasil, a população negra tem obtido maior entrada no âmbito universitário; um reflexo de políticas públicas que visaram estabelecer equidade para indivíduos pertencentes as camadas marginalizadas de uma sociedade profundamente desigual. Destarte, este artigo focaliza a produção acadêmica de artistas negras brasileiras, por meio da análise de suas teses. Isto porque a pesquisa parte do entendimento de que o universo da arte, sendo parte da sociedade, possui regras tanto inclusivas quanto excludentes, favorecendo a legitimação de alguns indivíduos em detrimento de outros. A pesquisa objetiva, então, compreender os efeitos de tais processos na legitimação de artistas negrodescendentes. Ao focalizar a produção acadêmica de três artistas, Janaina Barros, Maria Cecília Felix Calaça e Renata Felinto, objetiva-se compreender e pormenorizar as suas narrativas acerca de seus trabalhos, o campo da arte e a sociedade envolvente.

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