A resenha da coletânea Os mandarins da economia: presidentes e diretores do Banco Central do Brasil, organizada por Adriano Codato e Mateus de Albuquerque, discute os resultados de investigação coletiva sobre a composição de um segmento de elite situado no Banco Central do Brasil (BCB) e caracterizado pelo controle de recursos políticos expressivos e capacidade de determinação de variáveis-chave de política econômica. Destacando o rigor e a inovação metodológica da obra, a resenha explicita a condição transicional dessa elite, propriamente político-econômica, e sua posição angular no processo de mútua (re)constituição das fronteiras entre Estado e mercado no país.