O objetivo deste trabalho é fazer uma introdução ao chamado “marxismo negro”, trazendo a contribuição de intelectuais caribenhos que, a partir de um aporte marxista, pensaram os nexos entre colonialismo, racismo e capitalismo. A partir da análise das obras de Cyril James, Eric Williams, Walter Rodney e Frantz Fanon, objetivamos chamar ao debate temas que o marxismo hegemônico historicamente lidou com alguma dificuldade: o rompimento com o eurocentrismo, a análise do colonialismo, o desenvolvimento desigual das sociedades periféricas e, sobretudo, a questão relacional entre raça e classe. Além disso, acreditamos que esse panorama mais geral pode contribuir modestamente para divulgar uma tradição teórica e política pouco estudada nas ciências sociais brasileiras.