O objetivo deste artigo é analisar como o afeto é articulado no campo de estudos sobre trabalho doméstico no Brasil. A partir de uma revisão bibliográfica do tema, destacamos como cada corrente teórica evidenciou os processos de desigualdades e/ou de emancipação por meio dessa categoria analítica. Ressaltamos os estudos embasados no feminismo marxista, as análises antropológicas sobre gênero e família e os estudos decoloniais. Compreende-se que o afeto é interpretado ora a partir de teorias que enfatizam as bases estruturais de opressão, ora por perspectivas que englobam as assimetrias de poder e as possibilidades de agência e negociação das trabalhadoras domésticas. Finalmente, apresentamos estudos de caso durante a pandemia da covid.