O resultado de um longo percurso de pesquisa [na sociologia da moral] foi a percepção da necessidade (...) de um sociólogo contido, a fim de potencializar uma sociologia pretensiosa em sua abrangência: centrar-me em uma pluralidade de gramáticas simplesmente da produção de consequências das/nas definições [de situação] permitiu-me considerar que várias orientações do bem (bem comum, bem de si, bem do outro, bem de todos) são igualmente cabíveis para os atores [em suas] avaliações e, com isso, vários princípios de bem, variantes conforme diferentes gramáticas, diferentes regimes. E isso demandou uma disposição para tratar como moral qualquer fundamento capaz de tornar a situação produtora de consequências, produtora de efeitos, efetiva, de modo que o fenômeno em jogo era, então, a efetivação.