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As consequências do colonialismo deram tônica à produção de variados escritos literários que abordaram a questão da afirmação identitária das nações africanas pós-independentes. Considerando vínculos entre certas reflexões produzidas no campo das ciências sociais e da literatura a respeito desses processos, neste artigo oferecemos uma análise do livro Antes de nascer o mundo (2009), de Mia Couto, a fim de fazer pensar os temas da memória, dos silenciamentos e da ancestralidade, a partir do contexto pós-colonial moçambicano. Para tanto, mobilizamos algumas noções dos estudos de gênero, pós-colonialidade e decolonialidade.

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