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Convidamos à reflexão sobre processos de conversão em suas dimensões sensoriais, estéticas e políticas. A categoria conversão como metanoia ou reorientação da alma tem uma longa trajetória na filosofia e na teologia. Como vimos, no âmbito dos estudos de sociologia e antropologia, análises sobre conversão vêm enfatizando a complexidade deste momento de transformação em termos de seus sentidos, mediações, performances e narrativas. O conjunto complexo de reflexões propostas neste campo aponta para a existência de processos que, como tais, se estendem ao longo de períodos, às vezes, indeterminados e cheios de contradições. Uma das perguntas que nos provocou é se, finda a segunda década do século XXI, em um Brasil no qual o pentecostalismo continua a crescer, haveria novas matrizes de reflexão sobre a conversão religiosa. Quais tendências sobre a paisagem religiosa no país e transnacionalmente podemos vislumbrar através das pesquisas sobre conversão? Quais dimensões sensoriais (ao mesmo tempo corpóreas e emocionais) são experimentadas pelos sujeitos e quais as mediações exercidas por humanos e não humanos nesses processos?

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