Apesar da violência resultante das campanhas militares que originaram os espaços nacionais argentino e chileno no século XIX, os Mapuche seguem “vivos e de pé”. No norte da Patagônia argentina, isso implica uma luta contra as petroleiras em uma região relevante para a produção de hidrocarbonetos na América Latina. Para os Mapuche, essa luta só é possível porque há um ordenamento das forças (newen) que conformam e interconectam os planos do cosmos, do qual também fazem parte as pessoas. No presente artigo, trato de alguns aspectos das práticas cosmopolíticas mapuche relativas ao território ocupado pelas petroleiras, incluindo aquelas relativas ao vulcão Lanín, como uma forma ativa de alinhar-se com esse ordenamento.