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O objetivo deste artigo e refletir sobre o surgimento de novos agentes artisticos que se autodenominam - ou sao denominados - produtores e que atribuem “autenticidade” as suas criacoes ao perceberem as “tecnologias digitais” como parte constitutiva de criacao e inspiracao. Ao considerar esses produtores enquanto autores e possivel recorrer a uma discussao sobre as novas modalidades de autoria a partir da sua relacao com os modelos digitais de criacao. Sugiro que os produtores se classificam atraves de varias autodenominacoes e que a forca da categoria reside em criar mediacoes entre essas varias esferas de atuacao. A ambiguidade propria a categoria e seu poder de mediacao lhe outorgam um valor multiplo e parcial, como na conceituacao de Marylin Strathern ao ciborgue de Donna Haraway: como soma de partes que juntas nao formam uma totalidade, mas mantem relacoes parciais entre si. 

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