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A partir de um estudo etnográfico de cafeterias de café especial e de um evento de degustação de cafés na cidade do Rio de Janeiro, o presente artigo argumenta que as relações de consumo no mercado de café especial se pautam pelo que se propõe chamar aqui de “regime de engajamento na atenção”, alargando-se a perspectiva sociológica convencionalista iniciada pelo francês Laurent Thévenot. Para isso, em um primeiro momento, o artigo destaca a premência da degustação no desenvolvimento histórico de um nicho de comercialização do café, denominado de café especial. Depois, apresenta-se a perspectiva teórica dos “regimes de engajamento”, finalizando-se a discussão com a proposição de uma nova modalidade desses regimes, construída a partir da análise das relações de consumo no mercado de cafés especiais, em que o exercício coordenado de identificação de alguma experiência modeliza uma percepção comum sobre ele que engaja socialmente os atores em suas ações.

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