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O objetivo deste artigo é analisar o papel desempenhado pelo miliciano na mecânica de efetivação da “violência urbana” do Rio de Janeiro como representação social. Para tanto, foi feita uma observação dos procedimentos de interpretação desse personagem em dois corpora institucionais relacionados: o relatório e as notas das reuniões produzidos pela CPI das Milícias fluminense e o processo de produção da lei que criminaliza a formação desses grupos. O estudo mostra como a construção moral do miliciano depende da coordenação de três outras representações, características da “linguagem da violência urbana”: o traficante, o policial corrupto e o matador.

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