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Este artigo tem por objetivo analisar como o movimento feminista, durante as décadas de 1970 e 1980, produziu reflexões, articulações, discursos e estratégias políticas relacionadas ao trabalho doméstico remunerado. Por meio da análise de conteúdo realizada nos periódicos Nós Mulheres, Mulherio e Brasil Mulher, percebe-se consistente publicação sobre o tema, trazendo novas percepções e questionamentos sobre as ações políticas do movimento feminista no país. A “incoerência” política, assinalada muitas vezes pelo fato de suas militantes serem igualmente “patroas”, não reflete na invisibilidade sobre esse tema, tampouco em termos de autocrítica. Esse artigo traz que o anseio de tentar estabelecer uma luta conjunta foi permeado por contrapontos, contradições e desconfianças entre feministas e trabalhadoras domésticas remuneradas, nos apresentando possíveis limites às ambições políticas feministas.

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