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O presente artigo insere-se em pesquisa mais ampla sobre as variadas facetas do pensamento conservador brasileiro. Abordamos, aqui, duas delas: o ultramontanismo e o conservadorismo culturalista, representados por d. Vital e Gilberto Freyre, respectivamente. O objetivo é discutir os sentidos dos elogios de Freyre à ação do bispo de Olinda durante a Questão Religiosa. Como conciliar a lógica acomodatícia, que emana de suas teses sobre a formação social brasileira (dentre as quais destacamos sua discussão sobre o catolicismo lírico colonial), às intransigências ultramontanas? A chave para a compreensão do aparente paradoxo, sustentamos, é dupla: explica-se tanto pelas reiteradas críticas de Freyre à agenda liberal, quanto por seu esforço em enquadrar a formação de d. Vital na moldura da sociedade patriarcal.

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