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O artigo retoma as críticas que Hannah Arendt e Friderike Zweig fizeram ao livro Autobiografia: o mundo de ontem: memórias de um europeu de Stefan Zweig, publicado em Estocolmo em 1942. Exiladas em Nova York, as duas mulheres escreveram, respectivamente, Stefan Zweig: jews in the world of yesterday (1943) e Married to Stefan Zweig (1947, pouco depois do lançamento do livro. Apesar de adotarem pontos de vista muito diferentes, elas argumentam que, na Autobiografia, os silêncios do autor relativamente a fatos importantes de sua vida, estavam associados à sua profunda insegurança. A leitura dos referidos trabalhos não somente possibilita um melhor entendimento do legado de Stefan Zweig, como permite ponderar sobre assunto hoje em voga, que diz respeito ao que se deve falar ou calar no âmbito da esfera pública – da perspectiva da relação entre segurança e silêncio.

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