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Os Emirados Árabes Unidos têm investido fortemente em turismo, o que inclui o turismo gastronômico, como estratégia de diversificar sua economia. No entanto, não se evidencia um esforço semelhante para constituir uma culinária nacional, que poderia agregar a dimensão do patrimônio ao turismo gastronômico. Nesse artigo vou analisar os desafios na invenção de uma culinária nacional emirati discutindo três teorias, levantadas por chefs profissionais da área. As teorias apontam ora para a falta de variedade e ou quantidade de ingredientes vernáculos; ora para a ausência de chefs emiratis, que limitaria a “verdadeira” comida emirati ao espaço doméstico; ou, ainda, para as “caraterísticas culturais” da comida emirati que impediriam adaptá-la aos padrões da gastronomia internacional. Para os chefs, no momento, a única saída para que comida emirati seja apreciada pelos turistas seria transformá-la através da fusOs Emirados Árabes Unidos têm investido fortemente em turismo, o que inclui o turismo gastronômico, como estratégia de diversificar sua economia. No entanto, não se evidencia um esforço semelhante para constituir uma culinária nacional, que poderia agregar a dimensão do patrimônio ao turismo gastronômico. Nesse artigo vou analisar os desafios na invenção de uma culinária nacional emirati discutindo três teorias, levantadas por chefs profissionais da área. As teorias apontam ora para a falta de variedade e ou quantidade de ingredientes vernáculos; ora para a ausência de chefs emiratis, que limitaria a “verdadeira” comida emirati ao espaço doméstico; ou, ainda, para as “caraterísticas culturais” da comida emirati que impediriam adaptá-la aos padrões da gastronomia internacional. Para os chefs, no momento, a única saída para que comida emirati seja apreciada pelos turistas seria transformá-la através da fusão.