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Informações Gerais

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Este trabalho tem por objetivo discutir as dimensões simbólicas da idolatria, a partir da reflexão sobre a trajetória biográfica e musical do cantor e compositor Raul Seixas. Pretende-se aqui analisar os significados atribuídos ao artista e a sua obra, identificando como são classificados e interpretados tanto por aqueles que o conheceram e acompanharam sua carreira quanto por anônimos admiradores. Morto em 1989, aos 44 anos de idade, a despeito da ausência física, a admiração e o interesse por sua obra musical e por sua persona intensificaram-se. Multiplicam-se narrativas, transformadas em quadrinhos, livros, poesias, cordéis, vídeos, ensaios, e em sua homenagem organizam-se tributos, shows, passeatas. Admirado e seguido por muitos, Raul Seixas inspira variadas formas de identificação e sociabilidade, revelando-se um personagem "deslizante", escapando as definições mais estabilizadoras e consensuais. E a sua obra continua sendo objeto de discussões e polêmicas, por parte de fãs, críticos musicais, analistas. Do mesmo modo, sua imagem pública, é alvo de apropriações constantes. Assim como em vida, obsessivamente procurou distinguir-se, assumindo várias personas (guru, profeta, rockeiro rebelde) depois de sua morte, "ele teima em perturbar".

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