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Informações Gerais

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Propõe-se aqui um estudo das práticas e representações em torno da publicidade baseado na teoria da magia elaborada por Marcel Mauss e Hubert (2003). Dado o objetivo de capturar a atenção e estimular o consumo que as narrativas publicitárias possuem, pode-se pensá-las como elaboradas para agir sobre os indivíduos e problematizá-las a partir da teoria de Alfred Gell. Semelhante à magia simpática, pode-se pensar que as intenções dos publicitários, materializadas em suas imagens, implicam em uma ação descolada do agente (GELL, 1998). Com isso, coloca-se a agência das imagens publicitárias e sua eficácia no centro da pesquisa para entender como a publicidade atua enquanto instrumento de agregação de significado nos bens de consumos (MCCRACKEN, 1986) ou como um processo humanização de mercadorias (ROCHA, 2002). Partindo do particular para levantar questões gerais, realizei um estudo de campo nas agências de publicidade da holding Flag em São Paulo com intuito de compreender a chamada cultura Flag (CASTRO, 2014) e evidenciar como o dito “pensamento mágico” opera em meio à lógica da prática publicitária. A análise das relações sociais envolvidas no processo criativo de narrativas da publicidade é uma abordagem importante para estudar a relação entre pessoas e coisas em nossa sociedade. A intenção, portanto, é refletir sobre esse processo de elaboração imagética feito pela publicidade, tema que traz à tona questões clássicas da Antropologia, tais como representação, fetichismo, animismo, materialidade, mimesis, modo intelectual/lógica sensível, alteridade e dádiva/mercadoria.

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