Informações Gerais
Esta dissertação desenvolve uma análise sobre o Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, organizado pela Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj), que laureia ações consideradas de valor humanitário. O estudo explora os argumentos mobilizados por jurados e outros membros da organização sobre noções de bem e sobre elementos que devem ou não compor uma prática para que ela seja considerada humanitária e, por conseguinte, altruísta. Para além desses enquadramentos, entram ainda em questão a disputa entre essas benfeitorias e a hierarquização dessas práticas com base em um repertório moral próprio ao que chamo de cité altruísta, um quadro de referência de justificação baseado em um bem comum cujo centro é o bem do outro. Por outro lado, por parte dos candidatos, entram em cena as estratégias de construção de candidatura nas quais se revelam determinados padrões de promoção da prática como um bem de alcance mais geral, bem como de caminhos para se comprovar que o bem do outro é o bem de todos (e que, portanto, é merecedor de reconhecimento no interior daquela cité).