Esta tese consiste em um trabalho etnográfico realizado nos barracões das escolas de samba do carnaval carioca com trabalhadores e trabalhadoras que produzem o espetáculo. Ferreiros, marceneiros e aderecistas que atuam na construção de alegorias e fantasias para o cortejo nos bastidores da folia, são os protagonistas deste enredo. A pandemia de COVID-19 e as medidas preventivas adotadas em todo mundo evidenciaram o cenário de precariedade das relações de trabalho nesta cadeia produtiva. A tese irá versar sobre o impacto do isolamento e da não realização do carnaval em 2021, até a retomada e os desfiles fora do período carnavalesco em 2022, na vida de homens e mulheres negros que realizam trabalhos artísticos nas escolas de samba.