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Informações Gerais

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Esta tese trata sobre o grupo indígena Kamsá (Putumayo, Colômbia) e o uso tradicional que fazem da planta da ayahuasca (yajé). Mais especificamente estuda a prática de seus xamãs (taitas) e seu papel dentro do contexto atual, marcado pela mudança cultural e a presença no seu território de estrangeiros, brancos e mestiços. Enfoca como o trabalho dos xamãs por meio da ayahuasca pode se entender como uma forma de atualizar a própria ancestralidade e a do grupo. Num entorno em transformação que potencialmente coloca em jogo a identidade nativa, a atitude dos Kamsá não é aquela da resistência por meio da conservação rígida das tradições herdadas. Pelo contrário, vemos processos criativos em que se procura a adequação às condições contemporâneas entendendo o ser indígena e, inclusive a ancestralidade, não necessariamente a partir de elementos do tempo passado, mas como uma procura continua. Para isso se discutirá a própria ideia de xamanismo entre os Kamsá e as formas em que tem se interpretado as relações com o outro nos processo históricos de contato.

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