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O estudo examina discurso de governos no Brasil para captar e comparar suas imagens sobre desigualdade.O conceito de enquadramento é adotado tal como na perspectiva da sociologia cultural para examinar discursos dos governos de Getúlio Vargas (1930-45/51-54) e a partir da restauração da democracia em 1985. Na retórica oficial desses períodos, três significdos foram atribuídos à desigualdade: injustiça, perceptível desde os anos 1930, que remonta à condenação moral da desigualdade e à noção da efetivação de direitos como resposta à questão social; atraso, sentido mais reiterado nas últimas décadas e captado já nos anos 1950, que vem da crença de um país moderno deveria superar grandes desigualdades, enfrentando-os via políticas econômicas e educacionais; e dívida, presente nos anos 1980 e de uso crescente na última década e meia, que responde às desigualdades com a redistribuição de recursos, seja por reformas ou rpogramas de transferência de renda.

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