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Informações Gerais

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Esta dissertação apresenta uma análise etnográfica sobre o processo de urbanização da Barra da Tijuca entre os decênios 1960 e 1980, com foco na concepção e nos impactos sociais do Plano piloto para a urbanização da baixada compreendida entre a Barra da Tijuca, o Pontal de Sernambetiba e Jacarepaguá (1969) elaborado pelo arquiteto brasileiro Lucio Costa. A análise concentra-se na construção discursiva desse território, com especial interesse no conjunto de textos jornalísticos onde apresentam-se avaliações e proposições para a região, que veio a culminar na proposta do plano piloto supracitado. Como proponente de uma “campanha pela salvação urbanística da Barra”, o Jornal do Brasil é fonte e agente privilegiado desta pesquisa. Analiso as categorias simbólicas mobilizadas para construir os imaginários urbanos entorno da Baixada de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, mapeando frequência e circulação dessas categorias nas reportagens do JB, sobretudo aquelas assinadas pelos jornalistas da Editoria de cidade deste jornal; e a ressonância dessas ideias em outros jornais do período analisado. Uma categoria que ganha destaque nessa dissertação é “Rio do futuro” que, construindo socialmente a Barra da Tijuca no imaginário carioca, emergiu na “campanha” do Jornal do Brasil, mobilizou investimentos e pessoal dos poderes públicos, organizou agentes do mercado imobiliário, guiou projetos pessoais e de grupos, e perdura ainda hoje, 50 anos depois, como uma promessa a se realizar.

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