"No século XX as mulheres passaram de minoria para maioria em todos os níveis de ensino, inclusive o superior. Contudo, foi observada uma distribuição específica de homens em mulheres entre os cursos ofertados, o que contribuiu para um resultado salarial posterior desigual no mercado de trabalho. No Brasil, nas primeiras décadas, houve uma expansão do ensino superior que dobrou os cursos e matrículas ofertados. Diante desse cenário de expansão, fica a dúvida se houve mudança nos padrões de distribuição de gênero. A partir de uma metodologia dos estudos de segregação e de dados do Censo da Educação Superior dos anos de 2002 e 2016, este estudo buscou entender o padrão de mudança da segregação. O resultado principal é de estabilidade nos padrões de segregação na maioria das áreas e leve aumento de segregação nas áreas comumente associada a um dos gêneros, como na Ciência da Computação."