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Informações Gerais

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Desde a década de 1980, intervenções urbanísticas têm sido implementadas na cidade do Rio de Janeiro baseadas em uma retórica e prática que buscam conciliar ações de renovação/revitalização e processos de patrimonialização de sítios históricos/áreas de preservação. A proposta deste projeto é refletir sobre tais políticas de renovação-patrimonialização focalizando uma categoria de profissionais que vem desempenhando função mediadora decisiva: arquitetos e urbanistas. O objetivo é explorar descritiva e analiticamente as categorias por meio das quais esses profissionais elaboram suas participações em determinados projetos urbanísticos, investigando as redes sociais, profissionais e institucionais em que circulam, assim como as matrizes intelectuais que eles acionam para elaborar seus discursos espaciais e temporais. Estará em foco, implícita ou explicitamente, a memória coletiva desses profissionais, uma vez que as referências ao passado dessa categoria social podem desempenhar papel importante nos processos que legitimam os projetos realizados no presente. Busca-se, portanto, compreender os processos e categorias que permitem que espaços sejam patrimonializados, transformados ou destruídos no contexto do Rio de Janeiro, e as interações de ordem social, institucional e intelectual movimentadas por arquitetos e urbanistas que atuam na cidade. A hipótese a ser explorada é que os idealizadores dos projetos urbanísticos e patrimoniais não portam um saber neutro. Como habitantes da cidade, eles próprios são produtores de/e afetados por seus imaginários, operando categorias particulares de estruturação mental dos espaços através da presentificação, seleção e organização de determinados eventos e bens que entendem como históricos, artísticos e culturais..

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