Informações Gerais
Baseado na experiência de pesquisa junto aos Médicos sem Fronteiras, o projeto é sobre como os antropólogos e profissionais aplicam as ferramentas e metodologias de sua disciplina para contribuir para o desenvolvimento de uma resposta médica humanitária. Embora reconhecendo plenamente a legitimidade e relevância da tradição crítica de uma antropologia da ação humanitária questionando as premisas, modos de deliberação e intereses políticos, propomos aqui uma mudança de escala e de âmbito. O projeto se situa a um nível presencial, onde a relação humanitária realmente acontece. O projeto é sobre a prática da antropologia em situações humanitárias. Tem origem na convicção forjada pela experiência de que a antropologia pode realmente "funcionar" e, de uma forma colaborativa e multi-sectorial, contribuir para operações humanitárias com o objectivo de salvar vidas e reduzir o sofrimento. Localizados no centro de zonas de conflito complexas, epidemias e catástrofes naturais, as etnografias condizidas pretendem partilhar experiências e este é o principal objectivo do projeto. Esta também enquadrado numa discussão analítica mais ampla sobre os contextos cada vez mais complexos do humanitarismo , os desafios das operações médicas, as condições éticas da aplicação da antropologia em tais contextos e, finalmente, sobre a ação humanitária em situações críticas propriamente ditas. Um segundo objectivo é aqui contribuir para uma antropologia da "relação humanitária"..