O objetivo do trabalho é analisar as representações, práticas terapêuticas e a rede dos terapeutas não-médicos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Trata-se de um conjunto heterogêneo de profissionais, informado por representações fluidas e difusas que são recombinadas diferentemente na prática terapêutica, promovendo uma relaboração dinâmica nas concepções de "espiritualidade" e de "terapêutica", tal como essas comparecem na "nebulosa místico-esotérica". A partir dos anos 80, verifica-se um movimento de "especialização terapêutica" no interior dessa "nebulosa" alrgando as fronteiras de sua "linguagem" e promovendo uma autonomização de dimensão propriamente terapêutica, nos anos 90, que passa a transcender os limites da "nebulosa".