A literatura sociológica sobre movimentos sociais fala pouco sobre o corpo como elemento constitutivo do protesto. No entanto, o corpo deve ser reconhecido como um importante artefato político dos movimentos e protestos atuais, preparado e modulado por ativistas para expressar suas preocupações políticas. Ao estudar a Marcha das Vadias carioca, protesto anti-estupro que desde 2011 atrai milhares de pessoas às ruas, analiso a construção do corpo sob duas óticas. Na primeira, apresento o corpo como repertório. .Na segunda, analiso como o corpo é mobilizado na produção de narrativas de diferença e identificação entre grupos feministas.