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Partindo do tema mais amplo do “sentimento dos contrários”, que é ao mesmo tempo um problema do contexto sincrônico imediato no qual Mário de Andrade se insere e um problema recorrente da sociedade brasileira, temos como principal objetivo qualificar o “método” aberto do autor, cujo eixo privilegiado, mas não exclusivo, de apreensão cognitiva é a música, entendida como um código simbólico estruturante da sua obra. Lançando mão de uma perspectiva não disjuntiva entre obra e trajetória e privilegiando materiais e dimensões ainda pouco exploradas de modo sistemático e articulado pela fortuna crítica de Mário de Andrade, busco produzir uma análise integrada do cotidiano do professor de piano em conservatório e crítico de circunstância da contingente vida musical da São Paulo dos anos 1920-30 com a busca das constâncias rítmico-melódicas brasileiras pelo etnógrafo da cultura popular, explorando os significados heurísticos mais amplos identificados por Mário nos processos de criação da música popular.

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