A discussão sobre "pirataria", no quadro não acadêmico, costuma pautar-se pela pontuação de seu caráter prejudicial a certas esferas da organização social particularmente, a econômica e a legal. Em virtude da relação do fenômeno "produção pirata" com um tipo de organização capitalista, o senso comum enfatiza uma abordagem do problema em escala macroscópica. Esta dissertação tem como objeto a análise do que é "pirata" em escala microscópica. Para tal, analisaremos uma interação local, na cidade do Rio de Janeiro, da ponta da cadeia produtiva - o consumo - em um estudo de caso específico: as bolsas da marca francesa Louis Vuitton - escolhidas devido à sua extrema recorrência no imaginário dos interlocutores.