Mobilizações contra a chamada ideologia de gênero explodiram em várias partes do mundo na segunda década dos anos 2000. No Brasil, a denúncia contra a ideologia de gênero irrompe com mais força no debate público a partir de 2015, embora entre 2010 e 2011 tenha ganhado sua primeira versão nos debates sobre o chamado “kit gay”. Partindo de debates abertos pela literatura sobre campanhas antigênero e inspirada na discussão teórica sobre construção de problemas públicos, nesta tese busco analisar como a denúncia antigênero viajou da periferia para o centro do debate público brasileiro entre 2010 e 2019.