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Este trabalho procura em seus quatro capítulos discutir as desigualdades, sobretudo educacionais, que exercerão influência no processo de escolha da carreira dos indivíduos mais pobres (que tendem a “preferir” cursos menos valorizados socialmente) e no processo de construção de expectativas sobre seus futuros. Além disso, analisa as desigualdades existentes no interior do sistema de ensino superior que podem atuar como empecilhos para a conclusão dos cursos. A produção da Sociologia da Educação aponta que a escolha nem sempre é possível para todos: a própria conclusão do Ensino médio se constitui uma “vitória” para grande parte dos estudantes e, mesmo para estes “sobreviventes do sistema”, não é sinônimo de ingresso no Ensino superior. Mais que os sonhos e as vocações pessoais os condicionamentos sociais são grandes elementos na definição das trajetórias acadêmicas e profissionais. Para desenvolver a pesquisa recorreu-se à ampla seleção de obras nas áreas da Sociologia e da Educação e a uma série de dados quantitativos e também pesquisas qualitativas com objetivo de traçar um panorama sobre a questão das desigualdades de acesso ao ensino superior no Brasil e às dificuldades encontradas por estudantes egressos das camadas mais pobres da sociedade brasileira.

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