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Este projeto de pesquisa parte de uma etnografia com e entre arquivos para discutir os processos de dispersão e reintegração das materialidades provenientes da Igreja de São Pedro dos Clérigos do Rio de Janeiro, sacrificada em 1944, durante a abertura da Avenida Presidente Vargas, no Centro da cidade. No contexto do Estado Novo de Getúlio Vargas, o estatuto de patrimônio do templo erguido no século XVIII pela Venerável Irmandade do Príncipe dos Apóstolos São Pedro foi suspenso para permitir sua demolição pela Prefeitura do Distrito Federal, assegurando que suas materialidades — uma pletora composta por pinturas, azulejos, estátuas, confessionários, peças de talha, candelabros, ossadas, enfim — se dispersassem e construíssem pós-vidas entre os espaços e atores de uma cidade em transformação. Em seus novos destinos, entre prateleiras de antiquários, salões de repartições estatais, exposições museológicas e altares de templos outros, as materialidades da Igreja de São Pedro dos Clérigos foram convertidas em mercadorias, obras de arte e peças museológicas, ou estabilizadas enquanto objetos de devoção, nas décadas que sucederam a fragmentação da sua sede.

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